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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2012

Brandos costumes...

     Somos um país de brandos costumes, a nossa história demonstra que nem fomos maus colonizadores, durante o salazarismo fomos capazes de fazer uma revolução pacífica, mas já não somos uma país iletrado, ainda que os doutores e licenciados nos tenham feito algum bem. Estamos cansados! Vejo pais que lutaram toda a vida para puderem dar um futuro aos filhos, cumpriram a sua parte e os filhos continuam debaixo do seu teto sem saber bem o que fazer com o tanto que lhe deram. Pais, filhos e todas as classes profissionais estão desencantadas e forçosamente com o futuro hipotecado e desmotivados para o que aí não vem. O pais envelhece porque não há novos, já todos estamos velhos, os casais não têm filhos porque não há educação, não há saúde...os pilares da sociedade ameaçam ruir e por pouco sempre os nossos brandos costumes vão aguentar a fome dos nossos filhos.

A quinta-feira dos pássaros

O livro de que vos vou falar foi comprado em desespero de causa. Viajo muito e, normalmente, a minha companhia resume-se aos livros que devoro nas horas de espera ou para me abstrair de meios de transporte que não me agradam. Assim, e fazendo mal as contas ao meu ritmo de leitura deixei que me acabasse o livro numa ilha sem muitos recursos para onde fui de férias. Corri tudo o que foram lojas ou superficies comerciais que me pudessem saciar o vicio, mas nada... começava a ficar desesperada... até que dei com uma papelaria multifunções! Entrei com desconfiança e apercebi-me que não existia qualquer tipo de lógica na organização dos livros (ou até mesmo amostras de), pelo que entretive-me um tempinho a tentar perceber se existia alguma coisa que valesse a pena. Excluindo os clássicos escolares que tão bem conheço ficava com pouca opção de escolha, mas lendo um bocadinho daqui e informações de autores dali, a senhora da loja que queria ir almoçar apressou a minha escolha: A quinta-fe

"Por favor, pai, não..."

Comprei este livro numa feira do livro por 3,9 euros. Apesar de me agradar a temática, fiquei com dúvidas acerca da qualidade do mesmo. Bem, é um livro fortíssimo, em que por vezes tive de parar de ler para "digerir" a história relatada. Trata-se de um livro autobiográfico, em que uma criança é sujeita a todo o tipo de abusos, quer físicos, quer psicológicos, passando pela marginalidade e pela consciência das mazelas de uma vida de maltratos. A criança acaba por matar aquele que conheceu como pai, mas sem conseguir livrar-se das marcas profundas que este lhe deixou e à sua família. O livro tem boa qualidade, especialmente ao nível das folhas. Recomendo a sua leitura como forma de alterarmos mentalidades e de estarmos mais atentos ao que nos rodeia.   "Todos sabiam porque tinha sido preso, mesmo antes de chegar à prisão, porque a notícia tinha corrido nos jornais e na televisão. Fiquei surpreendido com o número de reclusos que se aproximaram de mim para me aperta